O pequeno bosque existente no interior da escola foi o ponto de partida para a construção de um trilho interpretativo por alunos de diferentes anos de escolaridade, no ano lectivo de 2013/14. A construção deveu-se ao reconhecimento dos valores naturais do espaço, ao nível da flora, da fauna e da paleontologia (fósseis marinhos do período cretácico nos afloramentos rochosos junto ao trilho), e obedeceu a princípios de proteção do meio ambiente, do impacto dos utilizadores e ao mesmo tempo que garantisse a comodidade e segurança do visitante.
Aliado a este projeto foi criada a figura do Vigilante da Natureza Júnior, alunos do 5º ao 9º ano que ao longo do ano vão fazendo formação com Vigilantes da Natureza e técnicos do ICNF (Parque Natural de Sintra-Cascais) e desenvolvem diversas atividades de identificação/estudo dos vários valores naturais existentes e ações de preservação do espaço. Os Vigilantes da Natureza Juniores acompanham e orientam atividades para outros alunos da escola ou visitantes.
Entidades parceiras: Câmara Municipal de Sintra, Parque Natural de Sintra-Cascais, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Etapas do projecto:
1. Reconhecimento do valor do espaço do bosquete.
2. Construção do percurso através do bosquete, de modo a facilitar a observação da fauna, flora e geologia.
3. Colocação de painéis de interpretação do percurso e colocação de placas de identificação de algumas espécies vegetais.
4. Formação dos Vigilantes da Natureza Juniores (alunos pertencentes ao Clube Amigos do ambiente).
5. Conhecimento do trabalho dos Vigilantes da Natureza e das Áreas Protegidas de Portugal (Palestras dadas por técnicos do PNSC).
6. Conhecimento de diferentes espécies de aves que podem ser observadas no Trilho (observação, anilhagem, construção de comedouros para alimentação de aves e colocação de caixas ninho, promovendo condições à fixação da avifauna).
7. Conhecimento de diferentes espécies de plantas autóctones presentes no bosquete.
8. Aquisição de técnicas de recolha, seleção e germinação de sementes para manutenção do património genético específico do local.
9. Plantação de espécies autóctones no bosquete.
10. Recolha fotográfica das espécies vegetais, animais e dos fósseis.
11. Manutenção do trilho com retirada de ervas daninhas e rega nos meses mais quentes das pequenas espécies plantadas durante o inverno.
12. Divulgação à comunidade das atividades desenvolvidas ao longo do ano pelos VNJ no site e facebook do Trilho à Descoberta da Natureza.
Disciplinas abordadas: Português, Ciências Naturais, Educação Visual, Educação Tecnológica e Formação Cívica.
BI do projecto