Este projecto foi desenvolvido na competição Cansat. Para o efeito foi construído um satélite equipado com um microcontrolador Arduino, sensor de pressão e temperatura e duas câmaras de disparo controlado pelo Arduino e afastadas cerca de 10 a 12 cm. As duas câmaras são necessárias apenas para cumprir o objetivo 1 (fazer anáglifos 3D) não sendo necessária a utilização de duas câmaras para o cumprimento dos restantes objetivos. No entanto, é aconselhável a utilização das duas câmaras pois permite uma maior recolha de imagens aumentando a possibilidade de conseguir boas fotos (contribuindo assim para os restantes objetivos).
Depois de escolhidas as câmaras estas foram aferidas utilizando fotografias de objetos reais (no nosso caso, a janela do laboratório de física e química) a distâncias conhecidas e um software de tratamento de imagem que permita fazer a relação entre o número de pixeis ocupados pelo objeto e o tamanho real do objeto. A construção de imagens 3D do tipo anáglifo pode ser feita utilizando a metodoloia proposta no kit Photonics Explorer ou utilizando um dos softwares gratuitos para o efeito, disponíveis na Internet.
Ligação com áreas disciplinares:
Geologia - Caracterização de solos e topografia
Matemática - Regras de proporções na calibração das câmaras, processos de desenvolvimento tecnológico (pois as câmaras, pelo seu processo de fabrico e ajuste, não tiram fotos exatamente iguais em tamanho, proporção, iluminação, cor, etc.)
Electrónica - Construção de toda a parte de electrónica, sensores e comunicações
Desenho e impressão 3D - Desenho do satélite
A atividade pode ainda ser ligada à fotografia e captação de imagem pois, apesar da ordem de disparo controlado utilizando o Arduino, o ajuste do tempo de abertura e sensibilização do CCD eram controlados pela câmara (razão do arrasto em muitas das fotos e dessincronização, pois os lançamentos acabaram por ser feitos ao final da tarde).
Objetivos do projecto:
1. Fazer anáglifos 3D;
2. Aferir maquinas fotográficas para medir o tamanho de objetos, sabendo a distância;
3. Medir objetos no solo (ou à distância) utilizando fotografias e a informação do sensor de pressão (para saber a distância);
4. Com base nas fotografias, investigar as características topográficas do local;
5. Com base nas fotografias, caracterizar o local de queda (tipo de solo, existência de vegetação, etc.);
6. Definir um referencial que permita o estudo do movimento;
7. Com base nas fotografias (ao sair do avião e ao chegar ao solo), determinar o deslocamento horizontal;
8. Com base nas fotografias, determinar a componente horizontal da velocidade média;
9. Com base na variação de pressão e no número de fotografias tiradas ao longo do tempo (entre o lançamento e chegada ao solo) a componente vertical da velocidade média;
10. Com base nas componentes horizontal e vertical da velocidade média, determinar o vetor velocidade média e seu módulo;
11. Com base nas fotografias, encontrar objetos no solo que estão em movimento;
12. Caracterizar os vetores deslocamento e velocidade média dos objetos no solo, que estão em movimento.